War-Sir: Poderia contar para nossos leitores como surgiu seu Nick? Conte também um pouco da sua história no TW?
ghmalta: Meu nick é bem direto, na verdade. É só uma composição do meu nome, o pessoal geralmente me chama de Malta. Comecei a jogar TW recentemente, comparado a maioria dos meus amigos - no começo de 2021. De cara o jogo já me pegou pelas possibilidades do que conseguimos fazer aqui. Sempre me interessei mais pela parte estratégica do jogo, então desde meu primeiro br, que foi o 106, estive ajudando na liderança das tribos em que participei. Joguei os mundos 106, 107, 108, 112 e agora 114.
War-Sir: Já que começou recentemente, qual foi o maior desafio que você teve no BR 106? E qual o motivo que levou a liderança a chamar você para ajudá-los?
ghmalta: No br106 eu ainda estava aprendendo as mecânicas básicas do jogo, mas o maior desafio era a organização da tribo mesmo. Eu era líder de uma pequena tribo chamada Sonnora, junto a alguns amigos como a Cavaleira Ruiva e o lucasbfm. De longe, o que mais me tomava tempo de jogo eram as tarefas de organizar OPs, resolver conflitos internos na tribo, tentar entender onde eram nossos pontos mais vulneráveis no mapa para blindar, etc. Acho que todo mundo deveria passar por uma experiência de staff para entender como isso demanda tempo das pessoas.
Foi nesse br106 que começamos a desenvolver um pouco da forma como gerimos a Seal hoje, bem mais organizada e com muitas otimizações nessa parte estratégica. Claro, ainda temos um oceano de evolução para buscar. O br114 é o primeiro oficial da Seal, que só surgiu no 112 e como um squad. Inclusive, ainda estamos lá no 112 dando nosso melhor.
War-Sir: Como surgiu o projeto para oficializar a SEAL nesse novo BR?
ghmalta: Ao longo do br112 fomos conhecendo muita gente que gostou da nossa forma de jogar, e que encaixou bem com nossa organização. Entendemos que existem muitas formas de jogar Tribal Wars, mas para nossa galera, o principal sempre foi o companheirismo e a diversão no jogo. Claro que uma boa parte da diversão é conseguir avançar e escrever nosso nome, então é importante que todos que compõe a Seal tenham isso em mente também.
Ao longo dos últimos meses, tivemos várias experiências positivas jogando com nosso squad da Seal no br112. Participamos de guerras contra tribos grandes como ADUK e Show, e conseguimos bons resultados até então. O ponto mais importante disso tudo é que fizemos sem sobrecarregar nenhum dos membros do nosso squad, e sempre mantendo a motivação, o que sabemos que não é tão comum ao longo de guerras longas que desgastam bastante a galera. Resolvemos usar esse br114 como primeira tentativa oficial desse projeto. Com certeza vamos cometer muitos erros, então nosso foco é em continuar otimizando nossa operação e, um dia, subir ainda mais o nível do TW brasileiro.
War-Sir: Como líder, conte a nossos leitores o que você acha que incentiva os jogadores de sua tribo a lutar por ela?
ghmalta: Sobre essa questão, acredito que depende de cada jogador, e isso também é papel da liderança de entender. Se eu tivesse que elencar somente um ponto, eu diria que é o sentimento de composição. De cada jogador da Seal conseguir ver que é realmente uma peça-chave da tribo. Qualquer ação que lideramos dentro da tribo como staff, é sujeita a erro. Quando todos os jogadores veem que a Seal só existe porque eles existem, a tribo começa a trabalhar melhor como unidade. Temos mais cabeças pensando para resolver os problemas, temos menos erros por falta de confiança entre os jogadores e o sistema vai se corrigindo e melhorando naturalmente. Se eu puder adicionar outro ponto, diria que é a confiança. Tanto entre os membros quanto entre membros e staff. A confiança de saber que a staff é simplesmente um grupo de jogadores que atua de forma mais estratégica, mas que jamais tomaria qualquer atitude contra os demais. TW é um jogo de guerra, então é normal que uma tribo acabe perdendo algumas guerras. Se chegar o dia da Seal perder uma guerra, então perderemos como Seal e voltaremos mais fortes para as próximas - mas isso só vai acontecer quando nossas defesas zerarem, não antes disso.
War-Sir: A colocação de sua tribo no Mapa, como foi pensada?
ghmalta: Não teve nenhuma grande decisão sobre nossa colocação no mapa, até porque não temos tanto tempo de TW para uma análise mais profunda das mades que vieram para o 114. Focamos mais em reposicionar logo e ver como as outras tribos iriam se movimentar a partir daí. Algumas movimentações podem ter sido feitas considerando a nossa escolha e outras sem nenhuma correlação, então por enquanto estamos observando como o jogo vai se formando.
War-Sir: Como foi planejada/composta a Staff da SEAL?
ghmalta: A Staff da Seal surgiu por acaso. No começo do 112, eu e os outros membros do staff original da Seal Team Six (Sabatke, - wall3, Cavaleira Ruiva, Chankill e Brecher) acabamos nos juntando e o jogo fluiu muito bem. Cada um de nós executa um papel diferente dentro da organização, e isso até agora tem se mostrado super benéfico. Cada jogador do staff confia plenamente no outro, e isso agiliza e fortalece nosso jogo.
War-Sir: Como líder, o que você espera nesse mundo dos jogadores que o seguem?
ghmalta: Como um dos líderes da Seal, espero que todos terminem esse mundo melhores do que começaram. Espero também que todos se divirtam pelo caminho e que fiquem ainda mais motivados para jogarem próximos mundos pela Seal. Estamos construindo um grupo forte, com estratégias novas e acredito que a experiência de todos pode ser melhor sob uma organização que prioriza sempre a unidade.
War-Sir: Qual tribo você acha que poderá ser uma adversária direta para a SEAL? Por quê?
ghmalta: Pela localização e pelo sprint, acredito que a Panic possa ser uma adversária direta. O mundo ainda está começando e tem muita água pra rolar. Com certeza outras tribos podem ser fortes adversárias também. Vamos ver como se molda o cenário nas próximas semanas.
War-Sir: Na sua opinião tem algum jogador de sua tribo que você considera como Jogador destaque? Por quê?
ghmalta: Nesse pouco tempo de br114, acredito que o destaque natural seja o jogador Sabatke. O sprint dele está sendo ótimo e ele também faz parte da liderança da Seal, atuando com as responsabilidades que jogadores de staff normalmente têm. Dito isso, conhecendo alguns outros jogadores da Seal, acho que ele vai ter que se esforçar pra continuar liderando esse sprint, hehe.
War-Sir: Qual sua opinião quanto a jogadores que entram em uma tribo e ficam moitando e só apararem no fórum para pedir apoio na hora que está sendo atacado?
ghmalta: Acho que faz parte do jogo também, existem vários perfis de jogadores. Acredito que seja trabalho da liderança das tribos entender dois pontos:
1. Qual o perfil da tribo que você lidera. É uma tribo casual? É uma tribo para lutar pelo br? A própria liderança da tribo tem organização e disciplina suficiente para cobrar os jogadores de algo?
2. Qual o perfil dos jogadores? De nada adianta uma tribo onde a liderança quer lutar pelo br e a maior parte dos jogadores quer jogar casualmente - ou o contrário.
O mais importante é que a liderança saiba fazer essa leitura e garantir a sintonia da unidade. Dessa forma, independente do objetivo, a tribo será bem-sucedida.
War-Sir: Todos os BRs vemos tribos cair mais cedo umas do que as outras qual foi a maior surpresa para si perante as mades apresentadas nesse BR?
ghmalta: Eu particularmente não conheço a maior parte das mades desse BR, então não tenho tanta bagagem pra me surpreender. Posso dizer que estou ansioso para ver como cada tribo vai se desenvolver e quais farão as melhores escolhas. Por ser um mundo com a quantidade de membros por tribo limitada a somente 30, quero ver especialmente como as famílias com várias tribos, como Panic e Stigma, vão se organizar.
War-Sir: O que você acha que faz com que uma tribo caia em desgraça e seja até mesmo debandada?
ghmalta:Acho que existem casos e casos. Mais cedo comentei sobre os perfis diferentes de jogadores, e acho que a queda de uma tribo é muito relacionada a isso. Se eu tivesse que chutar, chutaria que a maioria das tribos cai por divergência entre a liderança e os outros jogadores. Líderes que ocupam o papel, mas não tem realmente uma responsabilidade com toda a tribo, então acabam usando esse papel de impulsionador. Em outros casos, acho que a liderança perde a moral e as rédeas com sua tribo. Por desorganização, por acreditarem serem superiores aos demais e acabarem virando ditadores e não líderes. Isso gera revolta e desânimo, e as engrenagens acabam deixando de funcionar
War-Sir: Com base nessa sua resposta anterior, como você pensa que um bom líder deve ser? Você se acha um bom líder?
ghmalta: Na minha opinião, um bom líder é aquele capaz de caminhar sempre no limiar, tendo ótima leitura situacional. Sabe quando ter pulso firme e quando ser mais flexível. Entende as limitações dos seus jogadores e como explorar os pontos fortes. Sabe escolher outros jogadores para assumirem papéis que fortaleçam suas próprias fraquezas, em prol de uma tribo mais forte. Claro, tirando todas essas características mais gerais, acho crucial que tenha muito conhecimento técnico sobre o jogo - mas essa parte acaba sendo mais fácil do que as demais.
Acho que estou caminhando para ser um bom líder, pelo menos pelos meus critérios sobre o que é isso. Ainda tenho muitos pontos fracos, então tento focar em um de cada vez. Sempre busco não ser injusto com meus colegas de tribo e prezo pela confiança mútua. Tento explorar meus pontos fortes, que são mais direcionados a parte estratégica e de otimização das nossas operações. Para o resto, geralmente busco ajuda de jogadores mais experientes.
War-Sir: Mundo iniciando, você acha que já podemos ter alguma tribo como favorita para esse mundo? Por quê você acha que essa seria a favorita ?
ghmalta: Bom, aqui vou ser sincero e puxar para o nosso lado, hahahah. Acredito que a Seal vem como favorita para o br114, estreando a tag. Já começamos mostrando nesse primeiro sprint que não saímos atrás das demais. Além disso, em diversas conversas com jogadores mais experientes ao longo do último ano, mostramos um pouco da metodologia que usamos dentro da Seal, baseada fortemente em decisões analíticas. Pelos comentários que recebemos, acredito que essa nova estratégia que desenvolvemos pode ser uma arma secreta nesse mundo e, eventualmente, até mudar a forma como Tribal Wars é jogado. Esse jogo já vem sendo um sucesso há vários anos, mas agora estamos em um momento diferente, em que as habilidades de análise de dados vêm tomando mais espaço e importância em todos os setores - da indústria aos esportes. Aqui não é diferente.
War-Sir: Bom estou encerrando nossa entrevista por aqui, gostaria de agradecer o seu tempo, e perguntar se gostaria de deixar alguma mensagem para as Antigas Tribos e Novas Tribos do TW.
ghmalta: Imagina, eu que agradeço pelas perguntas e pela paciência, hahahah. Para as Novas Tribos, queria dizer para não desanimarem frente aos desafios. Grandes tribos geralmente são construídas ao longo de anos, com jogadores muito experientes, dedicados e com grandes lideranças. Foquem em descobrir as próprias fraquezas e em fortalecê-las a cada mundo, sempre mantendo o respeito com os próprios membros e com seus adversários. Para as Antigas Tribos, deixo a provocação sobre até quando os métodos usados atualmente serão suficientes. Um círculo fechado, com jogadores muito fortes, com certeza pode resistir por muito tempo - mas fica cego a mudanças. A inovação é essencial para que uma tribo permaneça no topo, esse é o trabalho mais difícil. Por fim, como recado geral, queria incentivar que os jogadores se divirtam mais e que conheçam seus limites. TW é um jogo que pode nos demandar muito tempo e dedicação, então é crucial que esse tempo seja positivo para nós mesmos. Conheci jogadores que assumiram personagens ditatoriais tão a fundo por aqui que acabaram frustrando todos ao seu redor e a si mesmos. Na minha opinião, o caminho é o oposto
E finalmente, lembrem-se da Seal. Viemos trazer mudanças.