texto do dia das mães

[osmanloko]

Minha mãe, minha rainha, minha tribo, a muralha de maior nível que a tribo já vistes eternamente te amarei, diante a minha insônia mergulhando em meus pensamentos durante a madrugada me lembrei que hoje era o dias das mães, como atualmente eu esteja desempregado resolvi ficar acordado até que minha mãe fosse acordar para fazer café de seu marido (meu pai), então quando a mesma foi fazer o café eu fiz o dela em uma máquina de expresso de leite com café, separei bolachas e passei uma leve camada de manteiga e assim juntando duas parte e formando uma bolacha recheada deliciosa, gentilmente cortei uma fina fatia de pão e logo em seguida passei uma leve camada de manteiga, levei para a cama de minha mãe e fingindo que era tudo para mim, quando cheguei me deparei que tinha esquecido algo, algo que pra mim mostrava meu amor por ela, um pequeno pote de yogurt de morango, quando olhei aquele yogurt lembrei-me de um tempo que já a muito tempo se passara, um tempo onde as coisas eram mais simples, gentis, amado e que me fazia sentir tão bem nos momentos em que abraçava ela quando pequeno e sentia que em volta de seus braços era o lugar mais seguro de se estar e que nada no mundo poderia me machucar, é incrível como as pequenas coisas possam nos gerar um impacto tão grande em nossas vidas, logo então sai de meu vislumbre de um passado brevemente esquecido e levei o pequeno pote de yogurt para junto dos outros alimentos que eu mesmo preparei para ela, depois de preparar o café minha mãe com uma expressão de sono vem da cozinha com passos curtos, sonolentos e com os olhos quase se fechando, com isso eu abraço ela e vou até o quarto e mostro para a mesma que o café foi preparado exclusivamente para ela, como um filho que ama sua mãe eu abraço ela com o maior amor do mundo e desejo um feliz dia das mães, ela cansada por ter que acordar cedo para fazer café ao meu pai me da um abraço tão fraco que quase nem o reconheci, mas depois de insistir eu lhe peço mais um abraço, mas dessa vez que seja mais forte, com calor, um abraço que seja verdadeiro, afim de satisfazer minhas vontades como filho, a mãe cansada atende o pedido do filho e me dar o melhor abraço que alguém possa sentir, logo depois de me abraçar ela se deita na sua cama e começa a falar que não vai tomar o café preparado por mim, com a cabeça um pouco confusa fico sem entender do porque ela não querer, a mesma diz que não toma café tão cedo, então eu insisto para que ela toma, ela recusa ferozmente, mas eu insistia mais e mais, até que ela cedeu e pediu só o clássico café preto e comeu duas ou três das deliciosas bolachas recheadas com manteiga, depois disso ela se recusa e oferece o resto a mim, de momento fiquei sem reação e de imediato expressei uma certa raiva e descontentamento por ser negado um gesto que achei admirável no momento, depois de resmungar um pouco, eu levei o café e tomei eu mesmo, comendo aquele delicioso café percebi uma coisa que até então eu não tinha levado em conta, eu pensava do porque ela recusou, será que não sou um filho suficiente? Será que o café foi muito ou insuficiente? Porque ela nunca se importa com esses gestos? Ela nunca pergunta se estou bem ou não mesmo, então como uma pena que cai sobre a água, uma pequena onda passa pelos meus pensamentos, e me pego falando comigo mesmo, eu nunca perguntei como minha mãe está, nunca perguntei sobre seus sentimentos, sobre oque ela gosta ou não gosta de comer, oque gosta de vestir ou do seu perfume favorito, quais aventuras ela viveu e deixou de viver, seus arrependimentos, seu amor incondicional por meu pai, minha mãe completara 60 anos no dia 28 de abril, então percebi que minha amada mãe estava em uma idade avançada, que o tempo chega para todos, inclusive para aquelas que queríamos que fossem imortais, nossas mães, a idade chega de mansinho pela beirada, no silencio e na calma ela vem, e quando você menos percebe, ela te leva tudo oque você ama, isso me fez questionar tudo em que eu acreditava sobre Deus, vida e a morte, e depois de tanto pensar, e pestanejar com os deuses, descobri da forma mais triste que, nada é eterno, só podemos levar suas lembranças conosco, a lembrança de um sorriso, de uma boa história, de uma bronca, de momentos difíceis, de momentos em que ela lhe acolhe depois de uma briga em um relacionamento, as lembranças são algo raro que podem se imortalizar e passar de geração a geração, assim não deixando ninguém morrer verdadeiramente, ame enquanto tem tempo e se você se magoar no amor ame novamente até achar alguém que possa te fazer feliz todos os dias, faça coisas que nunca fez, tome decisões que não se torne um fardo futuramente, tome decisões erradas aprenda com elas e depois se erga comece quando você quiser, não é só porque você tropeça e cai uma vez que você tem que ficar deitado para sempre, o tempo é nosso inimigo, mas sem ele tudo seria sem graça, o tempo é como uma poesia de drama, podemos morrer a qualquer momento, oque torna cada dia de nossas vidas únicos, tudo se torna muito mais lindo, a vida é feita para se viver ao máximo e no final o tempo nos dirá o quanto iremos deixar nossa marca nesse mundo, por isso que aqui eu declaro todo meu amor a ti, minha querida mãe, obrigado por me fazer enxergar o mundo como ele é e por nunca ter desistido de mim, apesar de minha pessoa muitas vezes se mostrar muito fraco em momentos desafiadores, mas sempre tive a sua força ao meu lado, desculpe-me por te deixar sozinha nos momentos em que você mais precisava, em momento em que você provavelmente se sentia mais sozinha e solitária, filhos são imperfeitos e de momento não conseguem entender a perfeição de uma mãe, obrigado por me gerar 9 meses em seu ventre e por me dar a vida e por isso serei eternamente grato. (para os leitores curiosos, eu chorei ao lado de minha mãe depois de ler esse texto para ela).