Algo acontece à cerca de 147 quilômetros por hora. Escapamentos como trovões abafando todo o som, motor vibrando de acordo com as batidas do coração, campo de visão afunilado para o o imediato e, de repente, você não está na estrada, você é a estrada, uma parte dela. Tráfego, cenário, policiais, apenas recortes de papelão que voam quando você passa. Às vezes esqueço a adrenalina disso.
É por isso que eu amo estas corridas longas. Todos os seus problemas, todas as brigas se foram, nada mais para se preocupar, exceto com o que está na sua frente. Talvez essa seja a lição para mim hoje - para segurar esses momentos simples, apreciá-los um pouco mais, não há muito deles restando.
É difícil não odiar pessoas, coisas e instituições. Quando quebram seu espírito e têm prazer em te ver sangrar,
o ódio é o único sentimento que faz sentido. Mas eu sei o que o ódio faz com um homem, o afasta, o transforma em algo que não é.
Algo que prometeu a si mesmo que nunca seria.
Há um velho ditado:
| Nietzsche escreveu o seguinte: |
| "Aquilo que não me mata, só me fortalece." |
Eu não acredito nisso. Eu acho que as coisas que tentam mata-lo deixam você irritado e triste. A força vem de coisas boas, sua família, seus amigos, a satisfação de trabalhar duro. Essas são as coisas que vão mantê-lo inteiro. Essas são as coisas que vão te segurar quando você estiver na pior.